sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ENTREVISTA DE NICK JONAS PARA THE ADVOCATE

.Confira a entrevista completa e traduzida de Nick Jonas para a revista gay The Advocate:
Você é a celebridade mais jovem que eu já entrevistei.Sério?
E você deve ser a mais inteligente também, então não irei facilitar.Parece bom para mim.
As garotas vão à loucura pelo Jonas Brothers, mas você está ciente que tem fãs gays?
Sim, amamos nossos fãs gays. Foi legal quando percebemos isso, porque quanto mais gente você tem te conhecendo, mais pessoas você pode impactar. Eles vêm sendo incríveis nesses anos. Meus irmãos e eu estamos ansiosos para conhecê-los, porque eles gostam dos nossos estilos, e é legal ver como nossas influências tiveram um impacto no que eles vestem. Eles também dão ótimos presentes nos nossos meet-and-greets – chapéus, cachecóis, e outras coisas. Eles têm bom gosto.
Há gays te ajudando a estar sempre tão bem vestido?
Com certeza. Trabalhamos com vários gays, em nossa equipe. Eles são incríveis. Somos abençoados por tê-los com a gente.
Você tem amigos gays?
Claro que, fazendo espetáculos musicais, eu fiz vários amigos gays nesses anos. Les Misérables em Londres, em 2010, foi minha volta aos teatros. E o elenco gay, em particular, me ajudou muito nessa transição. Mantenho contato com todos eles, e é ótimo quando posso voltar e vê-los, sair para comer, conversar e nos divertir.
Perez Hilton é um bom amigo gay para se ter.
Sim, Perez é um cara incrível. Ele sempre apoiou muito eu e meus irmãos, e ele está sendo incrível com essa minha volta ao teatro. Eu amei que ele foi assistir Hairspray no Hollywood Bowl, e eu sei que ele irá assistir How to Succeed. Sou abençoado por tê-lo como amigo também.
Você teve amigos gays durante sua estréia na Broadway quando você tinha 8 anos em Annie Get Your Gun?
Sim, minha estréia na Broadway foi, provavelmente, meu primeiro contato com gays, e foi ótimo. Foi animador estar rodeado de pessoas com as mesmas ideias, que também são apaixonadas por música e performances.
Alguém explicou para você que alguns meninos gostam de meninos e que algumas meninas gostam de meninas?
Eu não acho que essa conversa seria necessária. Eu sabia, eu entendia o que isso significava, e para mim estava tudo bem. Isso não me confundiu, porque eu sabia que era tudo por amor. Fui criado em uma casa sem preconceito, onde a política era o amor.
E era uma casa de evangélicos, e seu pai era pastor.
Minha educação foi baseada em fé, mas acreditávamos que você deve amar todos assim como você quer ser amado, porque todos devem ser tratados igualmente. Isso me ajudou a entender as pessoas em diferentes jornadas e em diferentes caminhos da vida. No final do dia, somos todos iguais, porque tudo que o queremos é ser amado. Contanto que o amor seja maior, estamos bem.
Quando blogs LGBT postaram fotos sua abraçando o pastor antigay Rick Warren, da igreja Saddleback, em 2010, alguns leitores se perguntaram se você tinha os mesmos pensamentos que ele sobre casamento gay.
Meus amigos são meus amigos; e as pessoas que eu conheço, não compartilham, necessariamente, as mesmas opiniões que eu. O que eu acho sobre casamento entre gays, é que todo mundo tem o direito de amar e de ser amado, e é essa a minha posição sobre isso.
A imagem conservadora e saudável, de alguma forma, definiu o Jonas Brothers; a mídia focou muito nos anéis de pureza de vocês, por exemplo. Com vocês três crescendo e fazendo coisas diferentes, vocês gostariam de se distanciar dessa imagem?
Eu não acho que nos separamos disso, mas meus irmãos e eu crescemos como homens nos últimos anos, e isso tem uma grande parte de quem somos e como nos comportamos. É importante para nós lembrar que temos valores morais, mas cada um de nós assumiu a responsabilidade que temos como um homem para sermos exatamente quem deveríamos ser, o que quer que isso signifique para nós como pessoa. Ainda temos uma boa imagem, mas fizemos escolhas que nos tornaram quem somos. Estou bem comigo, com o homem que sou agora, e sou abençoado por estar onde estou em minha vida.
Integrantes de boy bands e ídolos pop gays, raramente se assumem no alto de sua popularidade. Se um Jonas Brother se assumir, qual impacto isso poderá ter em sua carreira?
Uma coisa incrível sobre nossos fãs, é que eles nos apóiam em tudo que fazemos, mas eu tenho que nos separar desse raciocínio porque nós três não somos gays. Se alguém em nossa posição se assumir, eu espero que o apoio continue e que seus fãs o ame da mesmo forma.
Ambos Radcliffe e Criss, de How to Succeed, apoiaram o Trevor Project e a campanha It Gets Better. Você gostaria de se envolver na causa?
Com certeza. Assim que eu entrar no espetáculo, eu planejo fazer tudo o que posso em alguns esforços, incluindo Trevor Project e Broadway Cares/Equity Fights AIDS. Eu quero inspirar os jovens que estão passando por problemas em casa, sofrendo bullying ou que são diabéticos. Lidar com diabetes é difícil, mas eu tenho sido muito abençoado; e eu sinto que posso encorajar e inspirar os jovens que estão lidando com problemas similares.
Quais palavras de encorajamento você tem para os jovens que são vítimas de bullying antigay?
Saiba que há pessoas que podem te confortar e dar o apoio que você precisa. Diga para o diretor ou quem quer que seja a autoridade da escola, que você está sofrendo bullying. Parte meu coração ver isso. Bullying é inadmissível, e especialmente com os jovens que são gays, isso é muito errado. Todo mundo tem que perceber que isso é um grande problema, e nós precisamos fazer qualquer coisas que podemos para ajudar. Já ouvi de muitos fãs nossos que são gays de como uma das minhas músicas, “Who I Am”, os inspiraram. É uma música que eu escrevi em um momento quando estava me tornando um homem, descobrindo como meu mundo estava se iniciando como um adulto. Foi ótimo ver as pessoas se identificando com aquela música em suas situações particulares, especialmente adolescentes gays que estão sofrendo bullying que foram encorajados para serem exatamente quem são.
Como uma pessoa que estudou em casa, você consegue se identificar com o sentimento de sofrer bullying ou de se sentir diferente quando criança?
Bem, eu frequentava uma escolha normal até os 10, 11 anos. Eu consigo lembrar de momentos, onde meus colegas de classe não entendiam o que eu fazia todos os dias quando eu ia para a cidade me apresentar na Broadway. Sentir como um intruso, nesse sentido, foi frustrante para mim, porque não havia um jeito deles se identificarem comigo e vice-versa . Pessoas que estão sofrendo bullying e pessoas que se sentem um estranho, deveriam conversar com os pais e responsáveis sobre achar um novo lugar com pessoas com pensamentos, idéias parecidas, onde eles podem se sentir aceitos. Era isso o que eu precisava e foi isso o que eu encontrei com os musicais.
Também há muitas pessoas que odeiam o JoBros, e não é fora do comum ver você e seus irmãos sendo chamados de “viados” na internet. Como você lida com essa negatividade?
Primeiro de tudo, não é essa a palavra que eu uso e me chateia muito quando as pessoas a usam, mas essa negatividade não me afeta. Ter pessoas que te odeia, faz parte desse mundo; e quanto mais pessoas você tem que te odeiam, mais pessoas gostam de você — é assim que eu vejo isso, porque eu tento ver o lado positivo das coisas. Às vezes é tão ridículo, que você acaba rindo. Você tem que manter a cabeça erguida e seguir em frente.
Até grandes astros de ação como Hugh Jackman é alvo de brincadeiras no programa ‘Saturday Night Live’ por fazer musicais da Broadway.
Exatamente. Sim, Hugh Jackman é o cara, e eu sei que esse cara levanta a cabeça e continua. Algumas pessoas podem ser ignorantes e não ter a capacidade de entender que cultura faz parte do seu mundo. Isso faz parte.
O que você pode me contar sobre a sua participação especial na série da NBC, ‘Smash’?
Estou muito animado sobre isso. Eu interpreto um personagem chamado Lyle West, ele cresceu fazendo Broadway, fez muito sucesso e ganhou muito dinheiro.
Incomum.
[risadas] Certo. Um de seus velhos amigos é o diretor do show ‘Marilyn’, e ele faz uma festa para Lyle, e a personagem de Angelica Huston tenta faze-lo investir no espetáculo. Angelica Huston é uma lenda, então as cenas que pude fazer com ela, foram muito divertidas. O elenco inteiro é incrível, foi maravilhoso. Eu faço um cover de uma música do Michael Bublé, e estou ansioso para as pessoas ouvirem.
Radcliffe foi visto na Broadway fazendo “Equus”, no qual ele tinha que ficar nu. Se te pedissem, você aceitaria substitui-lo nesse espetáculo também?
[risadas] Eu amo teatro e entendo a diferença entre atuar e de quem você é como pessoa. Eu não sei se essa seria uma coisa que eu faria, mas com certeza eu iria pensar. Você tem que estar aberto a tudo.
Fonte: Advocate.com

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