sábado, 10 de março de 2012

John Carter busca repetir Avatar pela força do marketing


Nos últimos anos, a projeção em 3D foi vista pela indústria cinematográfica como uma tábua de salvação. “John Carter – Entre Dois Mundos” é um filme que sintetiza as estratégias da indústria para atingir esse objetivo.
O longa narra as aventuras de um veterano da Guerra Civil americana (Taylor Kitsch, de “X-Men Origens: Wolverine”) que vai parar em Marte. Lá, ele descobre um mundo em guerra e encontra uma princesa (Lynn Collins, de “Número 23″) que pedirá sua ajuda para apaziguar a situação.
O maior sucesso de bilheteria entre os filmes 3D também conta a história de um terráqueo com a missão de salvar um povo alienígena. Em “Avatar” (2009), o protagonista entra em contato com um povo azul e selvagem. Em “John Carter”, essa civilização tem a pele esverdeada. Coincidentemente ou não, em uma determinada cena o herói é banhado pelo sangue azulado de um inimigo. Nesse momento sua pele fica com a mesma tonalidade dos Na’Vis de Pandora.
Apesar de adaptar uma ficção pulp centenária, escrita por Edgar Rice Burroughs (mesmo autor de Tarzan) em 1912, “John Carter” apela às semelhanças com “Avatar” para atrair público, já que suas próprias qualidades não entusiasmam tanto. O filme é um típica atração da Sessão da Tarde e poderia passar despercebido, uma vez que não há rostos muito conhecidos na tela, não fosse a fortuna gasta em efeitos visuais e na avalanche de marketing.
Nesse ponto entra a exploração de mais um recurso recorrente na indústria: histórias medianas viram épicos por causa da projeção em estereoscopia. Em “John Carter”, porém, os efeitos em 3D são banais e, em algumas cenas, praticamente imperceptíveis. No entanto, estão lá para encarecer o ingresso.
Se o plano da Disney era criar uma nova franquia, seria necessário mais que o convencimento por overdose de marketing.
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John Carter



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